Translate

sexta-feira, abril 29, 2005

Arquétipo do chefe em contraposição ao líder



A ausência de motivação incorpora a outros problemas dentro das organizações, onde os colaboradores acabam escondendo tamanha infelicidade e tensão silenciosa que culminam em um clima desfavorável. Sintomas estes que poderiam ter a qualificação de pressão e excesso de trabalho, que estaria diretamente ligado ao estilo de liderança. Estilo este que o faz permanecer na empresa por uma questão de sobrevivência ou por pura acomodação. A verdade é que seja qual for à denominação do cargo, nem sempre quem o ocupa está imbuído do verdadeiro espírito de liderança.

Enquanto o chefe não se torna um verdadeiro líder, o reflexo inicial está relacionado à motivação e produtividade dos colaboradores. Este pode até conseguir resultados imediatos, mas não sustentará no médio e longo prazo, devido à motivação das pessoas que estarão colaborando. É fácil caracterizar um chefe, no momento em que as pessoas não se sentem à vontade para se aproximar, conversar, esclarecer dúvidas ou simplesmente bater um papo.

Do ponto de vista profissional, a ausência de estímulo ao seu desenvolvimento é uma conseqüência danosa, com impacto para toda a carreira do indivíduo, devido ao não compartilhamento do conhecimento. O ciclo da disseminação do conhecimento é mais longo que o chefe, que apenas o repassa quando estiver ultrapassado. Tudo isso sob ameaça de perda do cargo. Os chefes exigem resultados em equipe e fornecem resultados individuais, fazendo com que o grupo fique dividido, pois não sabem ao certo, o que cada um ouviu. Desta maneira, ocorre à falta de cooperação e a oportunidade de surgir um clima canibalesco de competição onde o Chefe Divide para Conquistar! Em contrapartida, bons chefes são fundamentais para o desenvolvimento das equipes e de novos líderes nas organizações.

Do outro lado da história, eis que surge o líder. Este desenvolve sentido de propósito ou visão para si e para o grupo, transformando estratégias em ações específicas que trazem contribuição efetiva e valor ao negócio. O líder possui seguidores devido à sua influência, expertise, transparência e comprometimento com todos na equipe abrindo espaço para que possam brilhar, sabendo que os resultados positivos ou negativos estarão intrinsecamente ligados à ele. Sem um verdadeiro líder, verifica-se o não aproveitamento do potencial da organização, seja dos seus ativos tangíveis ou intangíveis. Sintomas qualificados como problemas de desempenho, apatia, falta de energia, pouco comprometimento, conflitos e desinformação sobre objetivos e resultados alcançados.

Acredito que um chefe poderia se transformar em um verdadeiro líder por meio de um processo de desenvolvimento gerencial com feedback e habilidades específicas. Seria necessário saber se a pessoa está disposta à mudança, pois daria menos trabalho ser chefe com a autoridade do cargo do que se tornar um líder de verdade com autoridade e respeito pessoal.

Contudo, caracterizando um verdadeiro líder, podemos observar que ele olha para o rosto ao cumprimentar a pessoa, investe tempo nas interações pessoais, dá atenção às pessoas à sua volta, independentemente do nível hierárquico, ouve atentamente diferentes opiniões, entende e respeita as diferenças entre as pessoas e adequa às pressões do trabalho às diversas situações.

Seria bem possível construir um bom chefe se ele já for um líder, o contrário pode ser pura perda de tempo, embora o mais importante seria destacar que não existe perfil profissional bom ou ruim, mas a arte da boa administração de pessoas requer a capacidade de colocar a pessoa certa no lugar certo !


Matéria Para o Jornal Diretriz – Ribeirão Preto

Cássio de Paula Freitas –
MBA em Gestão Empresarial – Ênfase em TI
Pós Graduação em Marketing – UFMG
Ciência da Computação - FUMEC


Fontes das características do Líder/Chefe para a montagem da matéria: HSM / Gestão de Pessoas

quinta-feira, abril 14, 2005

EMPREGO - Como se recolocar na Nova Economia?

Segundo pesquisa mensal divulgada pelo IBGE, existem 2,2 milhões de pessoas procurando emprego nas seis maiores regiões metropolitanas do Brasil, enquanto que há 8,5 milhões de sem trabalho. Os trabalhadores que se mantiveram em suas atividades, sofreram uma redução da renda, que vem na mesma escalada desde 1997 e que no ano de 2003 chegou aos níveis de 1993 (dez anos atrás).

Diante deste cenário desolador, a boa notícia é que o processo doloroso e generalizado da economia começou a se recuperar de forma surpreendente e vigorosa. No ano de 2004, uma parcela que equivale à população de Maceió (800.000) foi recolocada no mercado.

O que realmente acredito que não tenha se modificado, é a necessidade de se ter um bom currículo (experiências/qualificações) e excelentes referências. As importantes vagas não estão disponíveis no jornal de domingo ou empresas de recrutamento, também chamadas dentre outros nomes, de Outplacement. Nestes segmentos, as vagas devem representar apenas 20%. Os 80% restantes das vagas estão distribuídas através da sua rede de relacionamentos (networking) ou indicações .

Nesta busca pela melhor oferta, existem algumas regras implícitas que devem ser reconhecidas. Descrevo-as abaixo:

- Saiba que existe uma intensa concorrência e pouca oferta! As pessoas que enfrentam processos para cargos mais elevados, enfrentam o ambiente mais difícil. Desta maneira, empresas que contratam estão sendo mais exigentes. É mais barato esperar o candidato ideal, do que cometer um erro.
- Os sites/páginas de empregos na Internet mostraram-se desapontados até o momento. Isto porque uma enorme quantidade de usuários inserem seus currículos, tornando freqüente os erros na busca pelo perfil desejado.
- A solidariedade é menor para aqueles que estão há mais tempo na reserva. A dica é preencher o currículo com dados que realmente tenham substância. Se qualificação lhe faltar, trate de investir em si próprio e continue experimentando diversas abordagens. Seja persistente!

Se para os economistas, os números do crescimento da economia, a redução da dívida e o aumento das exportações são por si sós motivos de júbilo, não é o mesmo que se pode dizer para os cidadãos comuns. Qualquer jargão econômico acompanhado de números positivos é inócuo à situação real na melhoria de vida dos brasileiros. Melhoria essa que tem significados básicos: Desempregado conseguir trabalho; empregado conseguir mais oportunidade e principalmente as empresas se sentirem incentivadas pelo governo e seguras para contratar. O resto, é conversa!!


Para o Jornal Diretriz –Ribeirão Preto – SP – 14/04/2005 – 23:34hs
Cássio de Paula Freitas –
MBA em Gestão Empresarial - Ênfase em TI
Pós Graduação pela UFMG – Marketing
Computação Universidade Fumec