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terça-feira, junho 13, 2006

O Leão e a Tartaruga – Atitude ao extremo

Tem gente que não consegue progredir na carreira por falta dela. Alguns funcionários vivem ouvindo referências positivas; conquanto outros não avançam apesar de possuí-la. Existem também aqueles que se escondem nesta palavra evitando fornecer maiores explicações, como se ela fosse auto-explicativa. Acabo de me referir à palavra “Atitude”, cuja abundância em sinônimos pode caracterizar:

Ação – “Atitude como essa, tornará esta equipe vencedora”.

Aceitação – “Tenha uma atitude menos rude com a empresa”.

Comportamento – “Não gostei da sua atitude”.

Decisão – “Tome uma atitude rapidamente”.

Determinação – “A equipe de vendas entrou em 2006 com mais atitude”.

Posição – “Nunca assuma esta atitude perdedora”.


No dicionário Aurélio, a primeira definição de atitude é “posição do corpo, porte, jeito ou postura”. Desta forma, atitude seria a denominada “pose”, e dentro do reino animal, adere totalmente ao perfil do rei das selvas, senhor leão.

Eis que este vivia incomodado, como todo chefe, com a ausência de atitude dos seus súditos, principalmente da tartaruga. E disse: “Se você pensar bem tartaruga, o ser humano nada mais é que um macaco que teve atitude. E observe onde ele conseguiu chegar na carreira”. Para tanto o Leão continuou a se gabar: “Imagine então na minha casa, quem vai à caça é a dona leoa, além disso, cria nossos filhotes. O que eu sei fazer bem é rugir com toda a minha pose. E o que me sobra, é apenas comer bem, fazer sexo e dar ordens. E sabe por que dona tartaruga? Justamente porque eu tenho atitude!”. E a tartaruga após alguns longos minutos, como é deu seu feitio, balançou a cabeça. O leão demonstrando muita impaciência perguntou se a tartaruga havia entendido o feedback. E a tartaruga, uma hora depois respondeu com serenidade: “Sabe Vossa Majestade, não desejo ser rei, não pretendo ser o mais veloz dos animais, nem o mais bonito, nem o mais forte. Contudo, essa é minha atitude: quero ser o que sou, e não o que os outros querem que eu seja. Já disse isso para o seu falecido bisavô e um dia vou dizer novamente para o seu bisneto”. E os dois ficaram se olhando, ambos convencidos de que o outro jamais entenderia o que é atitude. Do mesmo modo que alguns chefes e alguns subordinados se olham. Porque um sempre acha que atitude é o que já tem de sobra. E o outro sempre acha que atitude é o que está faltando.

Fonte de Pesquisa:
Dicionários Aurélio e Michaelis
Baltazar M. Mello - Livro Melhoria da Qualidade das Relações (Vivenciei um treinamento com o Baltazar durante 3 dias na serra do cipó)/
Max Gehringer

domingo, abril 23, 2006

Assertividade, um estilo de relacionamento que compensa !

Assertividade vem de "asserto" que significa afirmar. E afirmar não é acertar! Portanto, não se trata de acertar, mas de saber se firmar e afirmar. É a arte de defender o nosso espaço vital sem recuar e sem agredir. Espaço vital significa qualquer um dos espaços: físico, mental, emocional, etc. E ser assertivo é sentirmos bem, quando dizemos sim ou não.

Sabemos que nada é definitivo e que não precisamos acertar sempre, nem dar satisfação a todos, por tudo. E, como tal, um estilo de comunicação que nos permite ser mais construtivos na relação com os outros. Não é uma característica inata ou um traço de personalidade que alguns de nós possuímos e outros não. É uma aptidão que pode ser aprendida, isto é, que cada um pode desenvolver mediante um treinamento.

A maior parte das pessoas não é assertiva em todas as situações. Por exemplo, podemos comunicar assertivamente com um colega de trabalho e ter bastante dificuldade em fazê-lo com familiares. Não será correto dizer que uma pessoa é simplesmente assertiva ou não assertiva, mas sim que há ou não tendência para comunicar assertivamente em determinadas situações.

Provavelmente ninguém gostaria de ser assertivo quando um motoqueiro mal encarado, braços tatuados e 2 metros passar à frente na bilheteira do cinema. Como aprendemos regras de sobrevivência, neste caso parece ser mais adaptativo esperar tranquilamente que chegue a nossa vez.

De toda forma, ser assertivo aumenta o respeito por nós próprios, reduz a noção de insegurança e vulnerabilidade, aumenta a autoconfiança no relacionamento com os outros, diminuindo a necessidade de aprovação para aquilo que fazemos. Fará com que os outros aumentem o seu respeito e admiração por nós. Permitirá que, ao defendermos os nossos direitos, consigamos que as nossas preferências sejam respeitadas e as nossas necessidades satisfeitas.

Contudo, é um estilo de relacionamento interpessoal que poderá ser extremamente recompensante, uma vez que proporciona maior proximidade entre as pessoas e maior satisfação na comunicação das nossas emoções. Ou, dito simplesmente, é possível que se goste mais de uma pessoa quando ela age assertivamente. E agir assertivamente não tem como objetivo levar os outros a fazer o que nós queremos. Não se trata de ganhar ou perder, mas sim de considerar os interesses.

UMA DECISÃO NÃO IMPLICA NECESSARIAMENTE O DEFINITIVO, TAMPOUCO ESTÁ PERMANENTEMENTE CERTA...

Cássio de Paula Freitas
MBA Gestão Empresarial - FGV
Pós Graduação Marketing – UFMG
Ciência da Computação - Universidade Fumec

domingo, fevereiro 05, 2006

Protagonize o seu próprio destino

Da próxima vez que um colega chegar tarde a uma reunião, ouça a atentamente a sua explicação. Provavelmente a culpa será de outro compromisso que se estendeu ou o trânsito que está cada vez pior. Razões válidas, mas não são as únicas que provocaram o atraso. Se o compromisso anterior se prolongou, ele decidiu permanecer! Existem causas razoáveis, mas algumas movem a capacidade de ação, enquanto outras tiram o poder de quem as exerce.

Acredito que todo indivíduo é responsável pelas conseqüências de suas ações. Essa noção suporta um estigma de culpa quando o resultado é indesejável. Quem sentiria orgulhoso de ser responsável por um fracasso? Trata-se de culpa e não responsabilidade.

Proveitoso seria conceber a responsabilidade como habilidade de responder às circunstâncias. Esse tipo é incondicional, já que sempre temos a capacidade de escolher a nossa conduta. E assumi-la gera uma sensação de poder, porque se concentra naquilo que podemos influenciar.

Ao jogarmos cartas, não temos controle sobre a mão que recebemos. Se nos queixarmos da sorte, nos sentiremos frustrados e fracos. Agora, se nos concentrarmos em como jogar, nos sentiremos confiantes e poderosos. Mesmo se perdermos no final, teremos tido a oportunidade de provar nossa habilidade fazendo o melhor possível com as cartas que nos couberam.

Infelizmente muitos preferem concentrar a atenção nos aspectos que estão fora de seu controle. “Com estas cartas não é possível jogar”, dizem como vítimas. Ao atribuir casualidade a fatores incontroláveis, acaba-se com a possibilidade de modificar a situação. Ao não se ver parte do problema, tampouco fará parte da solução!

Ao contrário da vítima, o protagonista concentra sua atenção a fatores sobre os quais pode influir. Considera-se parte integral do sistema que gerou um resultado não desejado e, portanto, ponto de alavanca a fim de que produza um resultado melhor. Sabe que existem fatores que estão fora de seu controle, mas para ele é um desafio a encarar.

Para converter-se a protagonista, a vítima necessita abandonar o apego a ter razão e a tendência a exigir que os outros se encarreguem dos seus problemas. Mesmo porque estes pensam que os outros o causaram. Quando começarem a enxergar como protagonistas de seu destino, sua organização e vida irão
se expandir com um novo sentido de poder.

05/02/2006

Cássio de Paula Freitas
MBA Gestão Empresarial - FGV
Pós Graduação Marketing – UFMG
Ciência da Computação - Universidade Fumec