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domingo, fevereiro 05, 2006

Protagonize o seu próprio destino

Da próxima vez que um colega chegar tarde a uma reunião, ouça a atentamente a sua explicação. Provavelmente a culpa será de outro compromisso que se estendeu ou o trânsito que está cada vez pior. Razões válidas, mas não são as únicas que provocaram o atraso. Se o compromisso anterior se prolongou, ele decidiu permanecer! Existem causas razoáveis, mas algumas movem a capacidade de ação, enquanto outras tiram o poder de quem as exerce.

Acredito que todo indivíduo é responsável pelas conseqüências de suas ações. Essa noção suporta um estigma de culpa quando o resultado é indesejável. Quem sentiria orgulhoso de ser responsável por um fracasso? Trata-se de culpa e não responsabilidade.

Proveitoso seria conceber a responsabilidade como habilidade de responder às circunstâncias. Esse tipo é incondicional, já que sempre temos a capacidade de escolher a nossa conduta. E assumi-la gera uma sensação de poder, porque se concentra naquilo que podemos influenciar.

Ao jogarmos cartas, não temos controle sobre a mão que recebemos. Se nos queixarmos da sorte, nos sentiremos frustrados e fracos. Agora, se nos concentrarmos em como jogar, nos sentiremos confiantes e poderosos. Mesmo se perdermos no final, teremos tido a oportunidade de provar nossa habilidade fazendo o melhor possível com as cartas que nos couberam.

Infelizmente muitos preferem concentrar a atenção nos aspectos que estão fora de seu controle. “Com estas cartas não é possível jogar”, dizem como vítimas. Ao atribuir casualidade a fatores incontroláveis, acaba-se com a possibilidade de modificar a situação. Ao não se ver parte do problema, tampouco fará parte da solução!

Ao contrário da vítima, o protagonista concentra sua atenção a fatores sobre os quais pode influir. Considera-se parte integral do sistema que gerou um resultado não desejado e, portanto, ponto de alavanca a fim de que produza um resultado melhor. Sabe que existem fatores que estão fora de seu controle, mas para ele é um desafio a encarar.

Para converter-se a protagonista, a vítima necessita abandonar o apego a ter razão e a tendência a exigir que os outros se encarreguem dos seus problemas. Mesmo porque estes pensam que os outros o causaram. Quando começarem a enxergar como protagonistas de seu destino, sua organização e vida irão
se expandir com um novo sentido de poder.

05/02/2006

Cássio de Paula Freitas
MBA Gestão Empresarial - FGV
Pós Graduação Marketing – UFMG
Ciência da Computação - Universidade Fumec