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quarta-feira, maio 16, 2012

6 frases que você não deve usar com seus funcionários

Especialistas afirmam que determinadas frases podem desmotivar a equipe e limitar ideias inovadoras em pequenas empresas

Seja em uma pequena ou média empresa, o chefe tem um papel fundamental para que o ambiente de trabalho seja agradável e produtivo. Por isso, recorrer frequentemente a algumas frases podem ser prejudiciais não só para a relação chefe e funcionário quanto para a empresa.

Com a ajuda de especialistas, confira seis frases que um chefe não deveria dizer aos funcionários.

Não quero problemas, quero soluções.
O papel do chefe, nesse caso, é de fazer acontecer por meio das pessoas e ajudá-las a se desenvolver. Para Caroline Pfeiffer, diretora de marketing e vendas da consultoria LHH/DBM, é como o capitão Francesco Schettino que abandonou o navio Costa Concordia na Itália e o problema, sendo que era de sua responsabilidade. “A mensagem deveria ser `vamos resolver isso junto`”, afirma.
Ricardo Munhoz, diretor executivo da Ricardo Xavier Recursos Humanos, explica que ao dizer frequentemente esta frase, o chefe demonstra que não tem paciência para ouvir o funcionário e acaba desmotivando não só ele como toda a equipe. “Isso acaba com o interesse em gerar novas ideias e pode também ocasionar a perda de profissionais qualificados”, diz.
Não acho que isso seja prioridade agora.
Andrea, que também é professora na Fundação Getúlio Vargas (FGV), Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) e Fundação Instituto de Administração (FIA), explica que quando um funcionário tem uma ideia ou uma sugestão e o chefe se limita a dizer que há outros assuntos prioritários no momento, acaba “infantilizando” a relação. “Algumas empresas incitam uma cultura de inovação e às vezes é o gestor que não está preparado para aceitar sugestões”, afirma.
Para Caroline, ouvir o funcionário pode custar um pouco do tempo do chefe, mas o ideal é que esse tempo seja gasto com uma explicação breve sobre a razão do assunto não ser o foco do momento. Munhoz completa que é recomendado que o chefe se mostre disponível para agendar uma conversa com o funcionário em vez de deixar para outra ocasião.
Você não fez nada mais do que a sua obrigação.
Dizer que o o funcionário ter batido uma meta não foi nada além do esperado é como um balde de água fria. "O chefe acaba criando uma barreira para o próximo mês”, explica Munhoz.
“As pessoas sempre exigem mais do que o limite delas, mas além da frase soar grosseira, é preciso entender que elas produzem por uma causa”, afirma Caroline. Para Andrea, quando o chefe não estimula o funcionário, não o incentiva e reconhece acaba deixando de estimular que ele pense fora da caixa. “Quanto mais tenso o ambiente da empresa, menos pensamento criativo”, diz.
Eu também não concordo com a ordem, mas temos que fazer.
“Ele acaba falando que não vai dar certo”, diz Caroline. O chefe, neste caso, representa a empresa, e por isso mostrar a opinião pessoal não é aconselhável. O ideal seria unir os funcionários e pensar de que maneira eles podem fazer dar certo.
Não vou te explicar isso, pode deixar que eu faço.
Munhoz afirma que ensinar é um dos papéis de um gestor de pessoas e, ao recorrer a essa frase quando se está sem paciência ou tempo, corre-se o risco do funcionário se sentir decepcionado, já que ele está ali também para aprender. “Além de adotar uma postura que o afastará da equipe, o funcionário sentirá medo das próximas vezes”, explica.
“Como chefe, ele deveria perguntar qual é a dificuldade que o funcionário está tendo”, afirma Andrea. Ela diz que em determinadas situações, foi o próprio chefe que pode não ter sido claro nas instruções.
É o que temos para hoje.
Para Caroline, essa frase acaba transmitindo a mensagem de que o chefe não quer falar mais sobre o assunto e encerrar a conversa. “Não é que ele não tenha mais informações”, afirma. Ela explica que esse tipo de comportamento demonstra que é papel dele de limitar o questionamento do funcionário.

fonte: exame










 

quarta-feira, junho 17, 2009

Despedida entre o Mestre e o Gafanhoto (em homenagem ao meu Pai Prof.José Carlos)



Gafanhoto trabalhava em uma empresa de ponta e em sua despedida para seguir o seu destino em uma aventura no Peru pela Trilha Inca, encontra-se com um Mestre e Feiticeiro local, desvendando algumas de suas diversas dúvidas. Estas respostas, provalmente o tornarão uma pessoa melhor.

-Mestre, sempre notei que o Senhor evita falar a palavra Gerência e procura utilizar sempre a palavra Liderança, sempre desejei Gerenciar um equipe, isso é ruim ?

-Gafanhoto, gerência não é algo que se faça para os outros. Você gerência seu inventário, suas contas e até a si mesmo, embora nunca seres humanos. Em suma, Gerenciamos coisas e lideramos Pessoas!

-Então Mestre, poderíamos definir liderança como habilidade de influenciar pessoas para trabalharem com entusiasmo visando atingir aos objetivos identificados como sendo para o bem comum?

-Claro gafanhoto. Se definirmos liderança como habilidade, esta seria simplesmente uma capacidade adquirida. Afirmo que liderança no que toca a influenciar os outros é uma habilidade que pode ser aprendida e desenvolvida por alguém que tenha o desejo e pratique as ações adequadas.

- Se liderar é influenciar os outros, como exercer essa influência? Como fazê-las desenvolver a tarefa que desejamos? Como receber suas idéias, confiança, criatividade e excelência que acredito serem dons voluntários?

- Gafanhoto, para compreender como se desenvolve este tipo de influência, é fundamental compreender a diferença entre poder e autoridade. Poder é a faculdade de forçar ou coagir alguém a fazer a sua vontade, devido a sua posição ou força, mesmo que a pessoa precise não executar.

- Entendi Mestre, quando alguém fala comigo: Faça ou despediremos..., Faça isso senão..,seria uma forma de utilizar o poder. E como definiria a autoridade?

- Gafanhoto, autoridade é a habilidade de levar pessoas a fazerem de boa vontade o que você quer por causa de sua influência pessoal. Autoridade pode ser definida como habilidade, enquanto o poder é uma faculdade.

- Mestre, então não é necessário ter cérebro ou coragem para exercer o poder. Crianças são mestras em dar ordens aos pais e minha esposa manda constantemente eu levar o lixo para fora. O objetivo seria então que um Gerente ou Diretor que possui poder dentro da organização, tivesse autoridade sobre as pessoas?

- Impressionante gafanhoto! O poder pode ser vendido, comprado, dado e tomado. Pessoas podem ser colocadas em cargo de poder por serem amigos, parentes, herdaram dinheiro ou poder. A autoridade não pode ser comprada, dada ou tomada. Diz respeito a quem você é como pessoa, a seu caráter e à influência que exerce sobre as pessoas.

-Mestre, dentro deste panorama então o poder corrói relacionamentos na medida em que se é capaz de obter algum proveito até realizar as tarefas exigidas?

- Gafanhoto é importante que saiba que compreendo que às vezes é necessário utilizar o poder. Seja para colocar limites em casa ou despedir um mau funcionário. Mas quando for utilizá-lo, reflita sobre as razões que o obrigaram a recorrê-lo. E saiba que ao recorrer ao poder, sua autoridade estará sendo quebrada ou pior, você não teve autoridade alguma.

- Gafanhoto, já é tarde e precisamos descansar mas gostaria de lhe dar uma última tarefa para seguir o teu destino e praticar os meus ensinamentos. Pense em uma pessoa viva ou morta que exerceu autoridade sobre você, da maneira que definimos agora!

- Muito fácil mestre! Meu falecido Pai Zeca, cujas qualidades foram: Honestidade, Confiabilidade, Bom Exemplo, Cuidado, Compromisso, Ouvinte, Gostava e Tratava as pessoas com respeito.

- Gafanhoto, destas qualidades elencadas, quais delas nos nascemos?

- Mestre, provavelmente nenhuma.

- Gafanhoto, todas estas qualidades que colocou sobre o seu pai, são comportamentos e comportamento é escolha. Esses traços são desenvolvidos muito cedo na vida e tornam-se comportamentos habituais. Traços que são desenvolvidos cedo na vida e continuam a evoluir e amadurecer em altos níveis, enquanto outros mudam a partir da adolecência.

- Gafanhoto, vamos dormir para finalizarmos esta caminhada de 4 dias e enfim chegarmos a Machu Picchu onde poderá refletir sobre estes ensinamentos. Escolha os seus traços que devem ser melhorados e lidere conseguindo que as coisas sejam feitas através das pessoas, utilizando à dinâmica da tarefa e do relacionamento. Não perca o equilíbrio se concentrando em apenas uma destas dinâmicas e execute tarefas enquanto se constroem relacionamentos.

Mestre, perseguirei estes ensinamentos, pois tenho grande vontade em aprender e caso não mudasse de direção, terminaria exatamente onde parti.


Cássio de Paula Freitas
Business at American University - Washington DC
MBA - Gestao Empresarial com Ênfase em TI - FGV
MBA em Marketing - UFMG
Computação - Fumec
Situações propriamente vivenciadas em minha viagem de mochila ao Peru